terça-feira, 14 de julho de 2015

O Bruno da minha rua

Este era o mais afastado de nós. Era a avó dele que vivia na rua, e ele só passava uma temporadas com ela.
Perdi-lhe o rasto no inicio da adolescência, e nunca mais me lembrei do fulano.
Até que há uns 5 anos, encontrei-o num lançamento de um livro e o gaydar deu alerta. 
Mas fiquei a pensar que podia ser da minha cabeça mirabolante. 
Afinal em três rapazes éramos os três gays? 
Ridículo. Estatisticamente ridículo. 
Conversa de circunstância e adeus até qualquer dia. 
Passei a encontrá-lo no paredão a correr - ele corria, aqui a lontra caminhava. 
Na altura que voltou a viver no bairro em casa da avó, pois a senhora tinha morrido.
Passados uns tempos, voltei a encontrá-lo, no Super Bock Super Rock. Tinha alugado uma auto-caravana e andava todo contente nos seus trajectos Meco - Festival. 
E voltei a nunca mais o ver.
A semana passada a nossa velhinha explicadora de Inglês disse que ele ia voltar às explicações na próxima semana. Sem pruridos, pegou no computador, foi ao mail e esteve a mostrar a casa estilosa do Bruno com ....o Alberto "um rapaz muito simpático".


Nota: Já mandei as fotos da minha casa à velhinha explicadora. Bicha é competitiva!!!


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