Estava a ler o
1632 horas e pensei nos meus sogros.
Os antigos eram super queridos mas pouco os via.
Uns viviam no Brasil e os primeiros viviam no Porto.
Por isso longe da vista longe do coração.
Estes a coisa já é um pouco diferente.
Para além de viverem na Grande Lisboa, nos primeiros anos estiveram muito presentes, muito por meu esforço em querer acompanhar o meu namorado, e querer, perante os sogros - melhor perante o sogro - normalizar a sexualidade do filho na cabeça do senhor.
Ele é uma personagem sui generis.
Já o expliquei
aqui neste momento de raiva.
Mas curioso, não consigo odiá-lo. Nem com os episódios infantis em que me tentou
apagar.
Pode ter tentado apagar-me - e acredito sem malvadez mas por puro preconceito - mas de todos os genros e noras, sou aquele que ele mais admira, que lhe dá mais atenção, que lhe envia mailzinhos da treta com notícias que lhe podem interessar, que lhe pergunta pela saúde, que elogia o vinho que produz e o distribui por meio mundo, que lhe faz os favorzinhos, que se senta à mesa e fala com ele sobre viagens.
E tauuuuuu!!
E vai uma bofetada de luva branca!
Ela, um super querida.
Adoro quando nos encontramos e ela, pequenita, estica os braços para cima coloca as mãos nas minhas faces e dá beijos repenicadinhos.
Adoro quando caminhamos em grupo e ela vem sempre ao pé de mim a confessar-se.
Adoro quando me liga para conversarmos sobre a família ou saber deste ou daquele.
É a primeira a quem envio fotos de festas, viagens, locais que visito. Ela gosta de conhecer e eu gosto de lhe dar a conhecer.
É bom ter uma segunda mãe.
Porque amor verdadeiro nunca é demais.