segunda-feira, 30 de abril de 2018

O Célio

Acabei de apanhar um Uber. O motorista, carioca, estava em Portugal há um ano. A família veio logo após um ou dois meses.
Disse-lhes que vieram no pior inverno dos último anos, questionei-os em relação à melancolia da neblina, as águas geladas do Atlântico, os preços - de tudo, os carrancudos dos Europeus, a xenofobia, o linguajar fechado.
Estava feliz com tudo.
Tudo.
Mais feliz estava porque podia levar os filhos ao parqui limpo, à escola pública que é maravilhosa cara, ao universalissimo sistema de saúde sem...sem medo do outro.

E medo constante em relação ao outro é coisa que você NÃO sabe o que é.
Não sabe!!

Não sei, não.


Porto _ As fotos








Um Ursinho de Peluche Para Começar a Semana


domingo, 22 de abril de 2018

Nuno Artur Silva Dixit

"Uma sorte inacreditável de viver na Europa, em Portugal, em Lisboa, nesta paz e nesta tolerância, isto tudo o que nos define que é ser da Língua Portuguesa, nestes anos em que vivemos, é uma sorte inacreditável.
Isto é já por si um bilhete de lotaria premiado"





Maravilhoso sábado à noite

Ahhh o maravilhoso sábado à noite, amigos, cinema, jantar fora, copos, dançar, uma boa peça de teatro, um concerto...ahhh o maravilhoso sábado à noite.
Ahhhh mais uma hipótese para o maravilhoso sábado à noite.
O meu sábado à noite:
Uma maravilhosa noite de trabalho!

sábado, 21 de abril de 2018

sexta-feira, 20 de abril de 2018

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Público e Fingido

Sentado num restaurante a comer um bom cozido à portuguesa vou ouvindo a discussão entre uma mãe septuagenária e um filho, na casa dos quarenta.
O pai dela terá sido um grande escritor.
Uma figura pública.
Ele, o neto, confronta a mãe, sobre a vida privada do escritor.
Ela apercebe-se que durante a sua vida toda misturou o homem público com o homem privado. 
O homem público, reconhecido, cheio de virtudes, activista político preso pela PIDE. O homem privado para ela era a continuação disto tudo.
Um virtuoso. Um ídolo.
O neto confronta a mãe com histórias reais de traição amorosa, falhas humanas, erros.
Ou seja o homem real.
A mãe de nada soube. De nada percebeu. Nada ouviu.
O filho chocado.

Às vezes é uma opção nossa para lidar com o brilho de um próximo, ausentar-nos da vida privada dele e vivermos apenas a sua vida pública. São caminhos, que se escolhem como fuga à realidade.
Pensa-se muitas vezes “sou o único a ver a verdade?” quando todos à volta me mostram evidências da magnanimidade de tal criatura?!

“Ou estarei errado e verei apenas minudências?”
A multidão grita "Estás errado!!!" e nós - e a mãe septuagenária - convencemos-nos que estamos errados.

Ou fingimos uma vida toda.

terça-feira, 17 de abril de 2018

quarta-feira, 11 de abril de 2018

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Laos _ Luang Prabang







Lagrimas no Myanmar

Em Yangon cruzei-me com um amigo meu de longa data. Aquele amigo que se me casasse seria um dos pretendentes a padrinho.
Logo no primeiro dia ele estava estarrecido com a gentileza, carinho e humildade do povo do Myanmar. Dizia-me que já tinha chorado três vezes. Pior que eu, disse-lhe jocosamente - no primeiro dia ao dar os meus restos de jantar a uma miserável pedinte senti-me como a dar comida a um cão vadio. Cada raspadela no prato que dava com o garfo em direção ao saco dela, cada lágrima me escorria pela cara abaixo. 

Memórias 2019: Bali, Indonésia

Memórias Avulsas: No regresso a Bali, voltei a encontrar a sofisticação oriental de tantos lugares, que não mata a cultura local. O bulício...