domingo, 4 de fevereiro de 2018

Sobrevivência

Ontem no velório da mãe de uma amiga minha (amiga lésbica na casa dos 60), percebi claramente o gap de gerações LGBT. 

Aquela geração de gays e lésbicas que ali estava, foi uma geração que cresceu nos anos 60/70, numa Lisboa - e num Portugal - provinciano e Salazarista. 
Foi uma geração que teve que encontrar meios de sobrevivência que hoje em dia nos parecem ridículos/desnecessários. 
Obviamente desnecessários.
Um dos meios de sobrevivência, era um casamento entre gays e lésbicas.
Com o casamento calavam os próximos e os outros.
E ontem estavam por ali, ainda casados, amigos com amigas, cada um dos quais acompanhado pelos seus companheiros e companheiras também casados e casadas com outros companheiros e companheiras.

Confuso?
Sim muito.
Mas não é a sobrevivência um meio de confundir os outros?

2 comentários:

  1. Conheci alguns que casaram para não serem deserdados ou serem colocados na rua...

    Não foram tão poucos como isso, comecei em 1993, vinte anos depois....

    ResponderEliminar

Memórias 2019: Bali, Indonésia

Memórias Avulsas: No regresso a Bali, voltei a encontrar a sofisticação oriental de tantos lugares, que não mata a cultura local. O bulício...