Quando o projecto foi apresentado pela primeira vez adorei-o, sobretudo a ponte pedonal sobre a linha do comboio (que ainda não foi feita), o silo automóvel (que nunca será feito) - literalmente um cilindro de estacionamento em altura do outro lado da linha, com a ponte pedonal a abraça-lo, lindo, lindo, lindo - e de ser em betão branco (que na verdade não o é...). A ponte pedonal será ainda construída porque tem mesmo que ser feita, visto que parte dela, do lado do museu, já está feita e a que irá surgir mais à frente, junto à nova extensão do Museu da Electricidade é muito longe. O silo automóvel, esse também uma pedrada no charco, não será construído porque construir um estacionamento junto ao rio é ultrajante, dizem eles. Nenhum dos volumes que compõe o novo Museu dos Coches é em betão branco porque seria muito caro... Não será mais caro manter os dois volumes que estão pintados, o branco e o cor-de-rosa-pardo, imaculadamente bem pintados? Pergunto eu... Resumindo: o meu descontentamento não é com o projecto, nem com a ousadia, nem com a mudança, é com o que foi feito pelo atelier de arquitectura português que acompanhou a obra... De referir ainda que apesar de Paulo Mendes da Rocha não renegar o Museu (o que está construído não é bem o que saiu da sua mente) não compareceu à sua inauguração e desde há uns anos que deixou de falar do projecto.
Mas o que foi feito pelo atelier português que terá acompanhado a obra correspondeu às limitações orçamentais, julgo eu. Este projecto teve um grande azar, o de ter passado a crise de fio a pavio. E levou com as consequências disso. Mas a questão do não respeito pelo projecto é mundial. Ainda há uns tempos o Siza contou que apresentou um projecto dele em França para uma igreja. Correu tudo muito bem, muitos parabéns. Mas agora o projecto de execução de arquitectura vai ser finalizado por uma equipa de engenheiros. :-/ O Siza pode mandá-los à fava... Mas nem todos podem.
Ainda não conheço o novo espaço, mas estou curioso! :)
ResponderEliminarSensacional ... quero conhecer em breve ... 2016 à vista ... quem sabe no Outono ... programando ...
ResponderEliminarQuando o projecto foi apresentado pela primeira vez adorei-o, sobretudo a ponte pedonal sobre a linha do comboio (que ainda não foi feita), o silo automóvel (que nunca será feito) - literalmente um cilindro de estacionamento em altura do outro lado da linha, com a ponte pedonal a abraça-lo, lindo, lindo, lindo - e de ser em betão branco (que na verdade não o é...). A ponte pedonal será ainda construída porque tem mesmo que ser feita, visto que parte dela, do lado do museu, já está feita e a que irá surgir mais à frente, junto à nova extensão do Museu da Electricidade é muito longe. O silo automóvel, esse também uma pedrada no charco, não será construído porque construir um estacionamento junto ao rio é ultrajante, dizem eles. Nenhum dos volumes que compõe o novo Museu dos Coches é em betão branco porque seria muito caro... Não será mais caro manter os dois volumes que estão pintados, o branco e o cor-de-rosa-pardo, imaculadamente bem pintados? Pergunto eu...
ResponderEliminarResumindo: o meu descontentamento não é com o projecto, nem com a ousadia, nem com a mudança, é com o que foi feito pelo atelier de arquitectura português que acompanhou a obra... De referir ainda que apesar de Paulo Mendes da Rocha não renegar o Museu (o que está construído não é bem o que saiu da sua mente) não compareceu à sua inauguração e desde há uns anos que deixou de falar do projecto.
Mas o que foi feito pelo atelier português que terá acompanhado a obra correspondeu às limitações orçamentais, julgo eu. Este projecto teve um grande azar, o de ter passado a crise de fio a pavio. E levou com as consequências disso.
ResponderEliminarMas a questão do não respeito pelo projecto é mundial. Ainda há uns tempos o Siza contou que apresentou um projecto dele em França para uma igreja. Correu tudo muito bem, muitos parabéns. Mas agora o projecto de execução de arquitectura vai ser finalizado por uma equipa de engenheiros. :-/
O Siza pode mandá-los à fava... Mas nem todos podem.
Tenho de visitar para poder formular a minha própria opinião...
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