Ainda por causa do Flash Mob contava ao Luis Verissimo que já estive a milésimas de atitude e coragem segundo de pedir o meu namorado em casamento.
Estávamos num casamento, a felicidade transbordava.
Nas mesas onde havia casais, um dos assuntos era, "quando são vocês?!"
E todos os casais não casados, diziam que nim, davam respostas evasivas, brincavam com o assunto.
Até que vem o lançamento do bouquet.
E não foi lançamento, foi sorteio.
Claro que saiu a mim. E claro que tive que fazer discurso.
No palco senti a pressão dos pares e os olhos muitos abertos a dizerem "casamento! casamento!" ...mas deixei passar a oportunidade. Se é que era uma oportunidade.
Porquê, não sei...
Pedir em casamento a partir de um palco, de improviso, no meio de um casamentaço tinha tudo a ver comigo.
Mas não tinha nada a ver com ele - apesar de ele, mais tarde, me ter dito que pensava que eu o ia fazer, e eu ter notado alguma tristeza naqueles olhos verdes.
Mas não sei porque não o fiz...
Podia ser a eterna timidez, podia ser respeito ao casamento dos outros e não querer ter para mim o mínimo de protagonismo que não me era devido, por ter medo de envergonhá-lo, por ter crescido a pensar que casamento era uma coisa de heteros e ser algo distante à minha pele, por mais uma vez não querer ir com a vontade e expectativas das massas, ou...
...por simples cobardia onde as minhas eternas dúvidas existenciais e medos de compromissos ganham a tudo o resto.
Nunca haverá uma altura certa, claro mas, julgo que o farás quando a certeza for maior do que todas essas considerações ;) .
ResponderEliminarÉs muito cromo! E eu a pensar que ia comer de borla... lolol
ResponderEliminarFaz isso só com os dois! Numa noite chuvosa, debaixo dos cobertores no meio de um abraço, olhando o nos olhos :-)
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