domingo, 30 de abril de 2017

Sunday Question #23

Ontem, na reunião da Amplos, conheci um casal de trans.
Quando se conheceram eram o António e a Maria, tal como tinham vindo ao mundo.
Agora o António quer ser uma Joana.
E a Maria quer ser um Manuel.
Para além das questões individuais, familiares e sociais, enquanto falava com eles uma questão estava sempre na minha cabeça. 
"Irá aquele amor sobreviver a uma mudança física tão drástica?"


terça-feira, 18 de abril de 2017

Homem Mistério

E estava eu deitadinho na praia nudista, mas sempre a espreitar o que se passava à volta tipo suricata e eis que se deita a meu lado - tipo 1 metro (era a única sombra disponível, suas cobras!!) - um rapaz muito jeitoso. 
Tinha cara de Português, mas como é óbvio o mundo não é assim tão pequeno!!
Não ia encontrar um português nu e bom como o milho numa ilha perdida no Golfo da Tailândia. A um metro de mim.

Mas pelo menos achei que tinha cara de latino do Mediterrâneo. Curioso como sou a dada altura meti conversa e perguntei:

"Where are you from?!"

"Portugal!!"

O_O

Estivemos a conversar umas duas horas.
Tinha começado a viagem - há seis meses atrás - com um colega em Moscovo. Atravessou a Rússia, a China, desceu ao Laos, Cambodja, Vietname e agora andava pela Tailândia.
Tinha-se despedido.
Não era nenhum Cumbaiá à procura do Eu esotérico e que não queria mais viver num mundo capitalista opressor. Tinha sido desafiado por um colega, na área dele há trabalho de sobra em Portugal e na Europa, não tinha ligações afectivas e tinha um dinheiro posto de parte. E assim partiu.

Trocámos experiências - as minhas de turista as dele de viajante a sério. Voltámos a encontrar-nos no dia seguinte e a ficar ao lado um do outro. Um aceno de olá, e passado outras duas a três horas um aceno de adeus. 

Este encontro teve qualquer coisa de estranho. Neste tipo de encontros perdidos no mundo com estranhos sabemos perfeitamente que nunca mais vamos encontrar aquela pessoa na nossa vida e por isso muitas vezes nos soltamos mais, sentimos mais livres e sem tabus, mas com este tipo não foi assim. Nem fiquei a saber o nome do enigmático Português. O rapaz era calado, um lobo solitário. Não fez uma única pergunta sobre mim. Eu fiz quase todas sobre ele - ou antes sobre a viagem. E pouco ou nada fiquei a saber sobre aquela pessoa. 
Ontem tinha estado a falar com um italiano - cujo amigo que vivia em Koh Phangan e lhe recomendou esta ilha e mudou-se agora para Aljustrel - e fiquei a saber muito mais em meia hora do que com este bicho enigmático. 
Não sei se seria a nudez, se o facto de ele ser Português, mas não entendi esta personagem.
Nem os sorrisos travessos. 








Pirilaus ao léu!

Pois que a pessoa acorda de manhãzinha, vai dar um passeio na praia e ...eis que a 200mts do hotel tem uma praia de nudistas. 
Todas as manhãs tenho vindo para aqui. Ele fica no hotelzinho com os meus cunhados, e eu for dar banho aos tintins e pirilau em águas quentes quentes quentes.





domingo, 16 de abril de 2017

sábado, 15 de abril de 2017

Tapem os ouvidos!!!

Cá estou de novo na praia nudista. 
Está ali um casal no meio da água que acabou de ter um mega orgasmo.
Berravam que nem cabras a ser degoladas.
:-/






quinta-feira, 13 de abril de 2017

Hipocrisias

Parece-me que em Portugal há um sururu qualquer sobre as viagens de finalistas?!
É hipocrisia ou sonsice nacional - de pais a agências de viagens, de hotéis a estudantes - o escândalo com o que se passou em Torremolinos??
Quem é que nunca gregoriou de um nono andar num hostal em Madrid para cima de prostitutas numa viagem da disciplina de História de Arte aos super interessantes museus para um adolescente? 
;)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Férias - Ponto Situação

Estava a escrever umas coisinhas, e a merda da app do Blogger fechou.
Fechou.
Assim.
Sem mais nem menos.
Sem perguntar.
Um texto grande como a porra - não necessariamente grande coisa.
Fechou.
Vou comer mais arroz e beber mais água.


Férias - Ponto Situação: Agora sim

Estamos a meio da viagem, mais coisa menos coisa.
Depois de termos passado pelo Cambodja andamos agora pela Tailândia.
Cambodja vale pelos templos de Angkor. Ponto.
Siem Reap, onde fui super bem tratado e vim com coração cheio, desapontou-me.
Os meus amigos diziam que era uma pequena cidade muito catita.
Catita é. Pequena também. Mas muito miserável. Só lixo por todo o lado. 
É uma pequena cidade, do tamanho de uma Cascais que recebe anualmente 2 milhões de turistas, logo é impossível manter a essência. Preços de 5 a 7 dólares por refeição numa mui anglosaxonica Pub Street não é o Cambodja que eu esperava. Tivemos que nos aventurar mais e descobrir melhor. Foi o que fizemos. Mas os preços, esses continuavam sempre muito altos. 
Ele, até agora, diz que é o sítio favorito dele. 
Eu ainda não sei.
Chiang Mai na Tailândia tem um sinônimo: compras.
É a loucura. Produtos giros, artesanais, com muita pinta. Preços ridículos. Vamos mandar forrar um cadeirão por 9€ (7m de tecido).
A cidade, é mais uma vez, uma cidade tipicamente asiática - na tipologia caótica de edifícios, com uma grande história passada, mas que pouco resta - ou nada - para além dos templos. 
Os Elefantes. Esses queridos. Não era minha intenção ir ve-los. Não queria ser mais um a participar na domesticação abusiva destes. Tal como os tigres, são dopados o dia todo, para estarem calmos para os queridos turistas puderem interagir com eles.
Este campo que fui é diferente. Espero eu...
É um campo de salvamento dos tais Elefantes. São comprados a esses campis e deslocados para estes campos e são bem tratados e têm uma vida calma; as únicas interacções com a turistada são o dar banho ao elefante e dar comida. Durante duas a três horas. 
Mas o mais surrealista de tudo foi o Rafting em Canoas de Bambu.
Imaginam-se no Rio Trancão há 30 anos atrás, no apogeu do merdum, com milhares de adolescentes tailandeses, bebados, em canoas de bambu, a 2km/hora pois eram tantas tantas tantas tantas canoas que passávamos o tempo parados, latas e latas de cerveja; merda e animais mortos, algumas canoas com mega colunas a passe coisas parecidas a DJ Tiesto, travecas sempre elegantes a dar ordens nos putos para as canoas dele passarem por cima das outras. Isto aconteceu porque os tailandeses comemoram agora o Songkran - passagem de ano - e como é natural aproveitam para saírem das cidades e aproveitar uns dias de férias.  
E pelos vistos adoram apanhar bebedeiras em rios cheios de merda.
That's all folks.


Tailândia - Campo Salvamento Elefantes, Aldeia Mae Wang e Rafting Canoa




Memórias 2019: Bali, Indonésia

Memórias Avulsas: No regresso a Bali, voltei a encontrar a sofisticação oriental de tantos lugares, que não mata a cultura local. O bulício...