terça-feira, 6 de outubro de 2015

Dúvida

Umas das minhas melhores amigas andava feliz da vida: ia ser avó.
A mãe dela já tricotava casaquinhos, ela já tinha viagem a Londres marcada para estar com a filha na altura do parto, o namorado mais novo (37) que a filha (38) já se sentia um avô!
Tudo desmoronou hoje quando a filha descobriu que ia ter que abortar porque o feto tinha uma má formação congénita.
Deveria a minha amiga ter-se contido (e exasperado) e esperar pelo avançar da gravidez da filha?
Deveria a minha amiga viver a felicidade do momento e logo se vê o que acontece mais tarde à gravidez da filha?

Update: aqui não está em questão o aborto. Vai ser feito ponto final. A questão é quando as minhas amigas estão grávidas, é tudo um segredo nos primeiros meses. Acho até neurótico.

13 comentários:

  1. Questão complicada. Dependendo do tipo de anomalia sou favorável.

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    1. A questão não é o aborto, que vai ser feito. a questão é se a mãe, minha amiga, deveria ter-se contido e não espalhar a suposta boa nova, ou fazer como a maioria faz, esconde esconde até não puder mais - com medo que aconteça alguma coisa.

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  2. Normalmente existe a indicação de esperar até cerca dos três meses de gestação para contar a boa nova. Acho que não se trata de esconder ou de ser neurótico, mas tendo em conta que os riscos de aborto espontâneo ou de más formações, penso que é uma protecção para que os avós e restante família não passem o que a tua amiga agora está a passar...

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    1. Sim percebo...mas a minha amiga é tão espontanea, que quis logo contar a tudo e todos que ia ser avó...
      Foi erro?
      Não sei...

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    2. Não acho que tenha sido erro. Não há fórmulas mágicas ou uma maneira certa e outra claramente errada. Estas coisas não são preto no branco e cada um é como é? Agora é chorar a mágoa, lidar, e seguir em frente.

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  3. Geralmente, as que eu conheço, ocultam até aos 3 meses e depois é a festa, há sempre qualquer coisa que pode correr mal infelizmente.

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  4. Será que ela esperava vir a ter problemas na gravidez daí não ter dito nada? Devido a antecedentes com casos semelhantes ou algo do género...
    É quase como cortar o cabelo e usar um penteado novo, não vais dizer às pessoas que tens um penteado novo, vais esperar que elas reparem e te digam e então aí vais agir como se aquele fosse um segredo bem guardado, quando na verdade estava à vista de toda a gente.

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    1. A filha sabia que poderia vir a ter problemas. A mãe, a minha amiga também, mas esteve-se a borrifar para isso e com o entusiasmo foi tudo à frente e era um contentamento todos os dias, a avózinha a fazer casaquinhos de tricot...

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  5. Cada caso é um caso. Tenho um na família que a primeira gravidez correu mal, e foi quando correu mal que soubemos. Da segunda, quando soubemos (já ia nos três meses), tivemos logo a nota que não existiam presentes nem nada parecido até a criança nascer. E assim fizemos quase todos (há sempre uma ovelha negra...)

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    1. Mas não foi assim uma grande contenção e castração, não viver a alegria da gravidez? Tipo garrafa de coca-cola que foi agitada e está ali prestes a explodir? ;)

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  6. Acho normal não dizer, ou apenas dizer num círculo muito, muito restrito porque a gravidez, até aos 3 meses é sempre uma roleta russa e posse simplesmente não continuar e ser bem sucedida.
    Quanto ao aborto, cada cabeça sua sentença. Por mim, não me sentiria pronto a ser pai de uma criança deficiente e se tivesse hipótese de escolha, abortaria. Outras oportunidades vêm depois.

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  7. Durante os 3 primeiros meses elas não gostam de dizer porque só depois da ecografia é que é seguro avançar com a notícia (eu compreendo esse ponto). Sobre a tua amiga, ela fez o que achou que devia de ser feito, quis tricotar fez bem, nunca iria adivinhar.

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